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Os benefícios da cirurgia de DBS para Síndrome de Tourette e Doença de Parkinson

  • Foto do escritor: Miréia Genuncio Patrocinio
    Miréia Genuncio Patrocinio
  • 5 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Materia da Revista Saude - Outubro de 2019


Os distúrbios do movimento como a Síndrome de Tourette, Parkinson, e Distonias são doenças com estimativa de 150 mil casos novos por ano no Brasil e com impacto social e laboral importante em nossa sociedade. O tratamento das mesmas se restringia a uso de medicações especificas para controle dos sintomas, no entanto, com a evolução da doença, os doentes necessitam de doses cada vez maiores, e com isso surgem os efeitos adversos. O tratamento cirúrgico dessas patologias ficava restrito, pois a cirurgia realizada era de lesão irreversível por radio freqüência de alvos no cérebro específicis (normalmente os núcleos da base).


No final da década de 80, começaram a iniciar estudos com intuito de avaliar a Estimulação Cerebral desses núcleos, ao invés de lesioná-los. Dai surgiu a ideia da Deep Brain Stimulation (DBS), em português, Estimulação Cerebral Profunda (ECP) ou Neuromodulação. Com isso, aumentou-se a gama de alvos cerebrais a serem “modulados”, controlando os sintomas de diversas patologias como: Síndrome de Tourette, Doença de Parkinson, Distonias, Tremor Essencial, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Depressão e, na Doença de Alzheimer, de forma experimental.


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O eletrodo introduzido no cérebro fica ligado a um gerador (neuroestimulador), que normalmente e sepultado abaixo da clavícula. A programação da intensidade dos estímulos elétricos e feita periodicamente no consultório com o acompanhamento do neurocirurgião, utilizando um pequeno aparelho eletrônico, que o técnico aproxima do neuroestimulador.

Embora a Neuroestimulação Profunda não controle todos os sintomas, e seja normalmente indicada depois que outros recursos falharam, o impacto na qualidade de vida de muitos pacientes e substancial e duradouro. Normalmente não e a primeira opção de tratamento e necessita de uma abordagem multidisciplinar com Neurologista, Neurocirurgião, Psiquiatra, Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta e Psicólogo, trabalhando em conjunto.

O procedimento surge como um novo caminho para pacientes que já se encontravam desacreditados e com a certeza que existe muito a estudar e a conquistar, tendo em vista que o cérebro e todas as suas funcionalidades ainda permanecem como um mistério para a Neurociência.

Em Abril/2019 foi realizada a primeira neurocirurgia de DBS para a Síndrome de Tourette na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, no Hospital da Unimed em Macaé. O procedimento foi bem sucedido e contou com uma equipe de altíssimo nível, coordenada pelo Dr. Fernando Antônio de Mattos Moura Sá. Nos primeiros dias pós cirurgia, os resultados foram bastante significativos, mostrando uma melhora considerável dos sintomas e consequente melhora na qualidade de vida da paciente.

Por Dr. Fenando Antonio de Mattos Moura Sá

Neurocirurgião - CRM/RJ 5279672-7 | RQE 18882 |



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