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Miréia antes e depois da Cirurgia de DBS para a Síndrome de Tourette.

  • Foto do escritor: Miréia Genuncio Patrocinio
    Miréia Genuncio Patrocinio
  • 4 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de mai. de 2020


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Olá, meu nome é Miréia, tenho hoje 39 anos, e sou portadora da Síndrome de Tourette.

A Síndrome de Tourette é distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado pela presença de movimentos involuntários, repetitivos e incontroláveis (tiques motores) e por sons involuntários (tiques vocais). Que geralmente se iniciam na infância.


Os tiques motores mais comuns são: piscar os olhos, fazer caretas e balançar a cabeça pra trás. Os tiques vocais mais comuns são: fungar, trincar os dentes e falar coisas se sentido. Existe também, como parte dos tiques vocais, a Coprolalia, que é o xingamento involuntários e fazer gestos obscenos.


A Síndrome começou a se manifestar quando eu tinha 6 anos. E ela demorou foi muitos anos para ter um nome de verdade. No meu caso 29 anos, quando tive o meu diagnostico aos 35 anos. Até então eu era uma criança, como eu digo nos dias de hoje - Super Hiper Ultra Mega ‐ bem agitada, hiperativa, não tinha muita atenção na escola e muitas vezes fazia barulhos e coisas engraçadas pra poder chamar a atenção.


Antes da minha cirurgia de DBS (Deep Brain Stimulation) ou em português ECP (Estimulação Cerebral Profunda), e apesar das minhas "limitações", sempre tive uma vida normal. Mas por muitas vezes não queria me expor, por receio e medo do que iriam pensar e falar a meu respeito. Fiquei sem querer sair de casa por 1 ano e meio. Tinha verdadeiro horror a lugares com muito barulho e com muita gente. O barulho, independente do qual era e da sua intensidade, era o gatilho pra os meus tiques virem a tona. E depois da minha cirurgia, eu posso dizer, dizer não, afirmar que sou outra pessoa. A minha família que convive comigo 24 horas por dia, já notou uma melhora de 70% perto do que eu era antes.


Vou dar um exemplo: Em Outubro de 2018, fui com a minha irmã, que foi fotografar a festa pelo dia do médico e pela semana médica. Lá eu fiquei em um canto isolada, com meu protetor de ouvidos, por conta do barulho, e com a minha plaquinha dentária pra bruxismo, pois um dos meus piores tiques era o de ranger, trincar os dentes, pois me dava dor de cabeça, dor no ouvido, e muita dor na ATM (Articulação Temporo Mandibular). Em Outubro de 2019, 6 meses, após a minha cirurgia, foi com ela na festa, e SEM protetor de ouvidos e SEM plaquinha dentária. Não ligava pro barulho e muito menos pra quantidade de pessoas que ali estavam.


Por Mireia Genuncio Patrocinio

2 comentários


silviopaparodi
11 de ago. de 2023

Parabéns Mireia, que Deus a abençoe sempre!

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Diogo Faustini
Diogo Faustini
06 de mai. de 2020

Que bom Mireia! Sua superação é um grande exemplo para todos! Estudamos juntos e sei da sua simpatia e capacidade! Parabéns!

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